O Ministério da Saúde de Angola tem trabalhado desde 2006 para estabelecer um Sistema de Vigilância de doenças respiratórias, com foco em determinar a sazonalidade e variabilidade dos patógenos presentes no país. Ainda, esse sistema tem como objetivo oferecer apoio na resposta a epidemias e alertar sobre novas possíveis epidemias. Para administrar os desafios apresentados pela COVID-19, foi criada uma comissão interministerial de forma a garantir uma reposta coordenada e multidisciplinar.
Foram estabelecidas medidas de vigilância nos pontos de entrada do país e esforços de disseminação de informações estão sendo feitos tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais, nesta última por meio de agentes comunitários que trabalham em parceria com os líderes comunitários e as igrejas locais. O estado de emergência foi decretado em 27 de março quando dois casos de infecção pelo novo coronavírus foram confirmados no país. A partir desse momento, as pessoas que entraram em Angola vindas de países com transmissão comunitária foram colocadas em quarentena obrigatória, em espaços institucionais criados para recebê-las. Pessoas que tiveram contato com esses viajantes foram submetidas à quarentena domiciliar.
Em relação ao papel do CISA, mesmo não fazendo parte da comissão interministerial, se juntou ao Instituto Nacional de Investigação em Saúde (responsável por conduzir a testagem laboratorial dos casos suspeitos) e disponibilizou pessoal técnico para apoiar a equipe de resposta, tanto no âmbito de diagnóstico, quanto epidemiológico e de cuidado direto em saúde nas unidades hospitalares.
Em relação às lacunas observadas para a pesquisa de COVID-19, não há espaço para os pesquisadores porque eles não possuem acesso às unidades hospitalares nem às instituições responsáveis pela resposta, ou seja, não foram incluídos na ação contra a epidemia. Isso ocorre porque todos os esforços do governo têm sido no sentido de garantir a vigilância e o manejo de casos ativos, o que está consumindo todo o tempo, espaço e recursos do país. Dessa forma, seria muito útil para a resposta de Angola ao COVID-19 que centros de outros países disponibilizassem ferramentas online para treinar as equipes técnicas, em tópicos como comunicação e modelagem matemática, para que essas equipes pudessem dar um maior apoio à resposta.
Resumo da fala da Dra. Jocelyne Vasconcelos - Chefe do Centro de Investigação e Saúde de Angola (CISA)
Mesmo antes do primeiro caso confirmado de COVID-19 no Brasil, o governo e o Ministério da Saúde tomaram diversas medidas de contenção do novo coronavírus. Em janeiro, foi estabelecido o Centro de Operações de Emergência (COE-COVID-19) com o objetivo de preparar o sistema de saúde pública para atender possíveis casos, coordenar ações e dar uma resposta em tempo hábil. No dia 30 daquele mês, o governo declarou, como medida administrativa, uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Nacional. Isso foi necessário para colocar em prática a operação para trazer cidadãos brasileiros de Wuhan (China), epicentro da pandemia naquele momento.
A Fiocruz foi definida como a instituição referência para o novo coronavírus no país, e ainda em fevereiro, treinou 9 países da América Latina para o diagnóstico laboratorial da COVID-19. O governo federal enviou uma missão para repatriar 34 cidadãos brasileiros de Wuhan e apenas em 26 de fevereiro, o primeiro caso COVID-19 foi confirmado na cidade de São Paulo.
A primeira morte por COVID-19 ocorreu em 17 de março. Neste mês, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Biomanguinhos) produziu kits de diagnóstico para o Ministério da Saúde, que foram distribuídos para todos os Estados brasileiros. Ainda em março, a Fiocruz iniciou a construção de um hospital de 200 leitos para tratamento intensivo e semi-intensivo de pacientes da COVID-19, que foi inaugurado em maio. A Fundação está liderando o ensaio clínico da OMS Solidariedade no Brasil para definir a terapia mais eficaz contra o SARS-CoV-2. Além disso, em junho, a Fiocruz anunciou que iniciará estudos pré-clínicos de uma vacina.
As ações da Fiocruz em resposta ao novo coronavírus podem ser encontradas no Observatório Fiocruz COVID-10, e estão divididas em 4 eixos principais: ) Cenários Epidemiológicos; 2) Medidas de Controle e Organização dos Serviços e Sistemas de Saúde; 3) Qualidade do Cuidado, Segurança do Paciente e Saúde do Trabalhador; 4) Impactos Sociais da Pandemia. O Observatório produz estudos, notícias e eventos e seu conteúdo está aberto a todos.
Infelizmente, ainda não temos colaboradores nesse país! Se puder nos ajudar com informações, entre em contato: info@theglobalhealthnetwork.org
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